BARRIGA NEGATIVA NÃO É MITO

Barriga negativa é mito?

Não, mas também não é tudo aquilo que dizem. Definir o abdômen é trabalho individualizado, que depende do biotipo de cada um.

O termo “barriga negativa” se tornou corriqueiro entre desportistas, principalmente na ala feminina, depois que começou a ser usado para definir o físico da modelo sul-africana Candice Swanepoel. Virou sinônimo de barriga côncava, mas poucos sabem o significado original da expressão. A nutricionista esportiva Roberta Mendonça tenta desfazer o equívoco. “A barriga negativa é aquela bem definida, que não tem gordura — não precisa ser um vão.”

Esse é objetivo de Saulo Martins de Sá Mandel, 29 anos. O professor conta que nunca teve problemas com o peso e que é adepto de atividades físicas há tempos, mas foi apenas no ano passado que passou a fazer um acompanhamento com profissionais, aliando os exercícios a uma alimentação mais regrada. “Quero chegar a uma estética agradável, mas sem fanatismo, tento unir a saúde e a estética”, explica.

Saulo conta ainda que não acha o vão na barriga atraente, seja do ponto de vista da estética, seja da saúde, mas que seu objetivo é a definição do abdômen e o mínimo possível de gordura na região, ou seja, uma barriga perfeitamente negativa. O professor, apesar da ajuda profissional, evita o uso de suplementos e de quaisquer produtos com intuito de emagrecimento ou crescimento de músculos. “Tento levar a dieta no sentido mais natural possível”, ressalta.

Apesar da preferência de Saulo e da explicação de Roberta, ainda existe o mito da “barriga pra dentro”, difundido por modelos e celebridades. Nesse sentido, é importante enfatizar que nem todas as pessoas estão aptas a atingir esse tipo silhueta. A professora de educação física Caroline Pascarelli explica que além de uma rotina de alimentação e exercícios extremamente regrada, a obtenção da concavidade abdominal está ligada a fatores genéticos, como a proeminência dos ossos do quadril. “As pessoas se sacrificam muito para conquistá-la e nem sempre isso é possível”, acrescenta.

A profissional destaca ainda que é preciso tomar cuidado com a sobrecarga de exercícios e ter sempre o acompanhamento tanto de um nutricionista quanto de um educador físico ou personal. Na rotina em busca desse meta, as pessoas acabam perdendo também massa magra, podendo chegar a doenças como desnutrição ou anorexia. Outro mal colateral do excesso é o risco de lesões nas articulações e na coluna.

O sucesso na empreitada da “barriga prancha” depende desses cuidados e também de paciência. As pessoas que não têm esse suporte querem resultados rápidos e acabam se perdendo em artifícios que mais atrapalham do que ajudam. “Você tem que se preparar muito bem. Dificilmente, a pessoa consegue isso sozinha”, frisa a nutricionista Carina Amorim de Sá. “Além da questão genética, tem que ter uma dieta regrada — é preciso ser muito determinado”, completa.

Segundo a especialista, a mudança na alimentação corresponde a 70% dos resultados. Devem ser evitados alimentos que promovam o inchaço abdominal, como embutidos, frituras e refrigerantes. Outro aspecto importante na conquista do abdômen chapado é o consumo de, no mínimo, dois litros de água por dia, o que reduz a retenção de líquidos e limpa o organismo de toxinas. Para manter a saúde, a profissional recomenda ainda que os buscadores da barriga negativa comam de três em três horas.

Os poderosos

Confira alguns alimentos que podem auxiliar na obtenção da barriga negativa:

» Maçã
» Limão
» Chá verde
» Cafeína
» Pimenta vermelha
» Gengibre
» Alcachofra
» Chá de hibiscos
» Alimentos integrais
» Alimentos ricos em fibras

Fonte:http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2013/12/09/noticia_saudeplena,146737/barriga-negativa-e-mito.shtml

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